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Falhas em pintura: uma abordagem investigativa

Os defeitos, em geral, acontecem durante a aplicação, enquanto falhas aparecem bem depois. Às vezes fazemos uma certa confusão com esses dois termos e é natural isso acontecer, porque há casos que podem ser um defeito, outros, uma falha. Por exemplo, empolamento: pode ser um problema na aplicação; nesse caso, é mais razoável considerar um defeito. Mas o empolamento pode ocorrer também depois de um determinado tempo de vida do revestimento e, portanto, já não é mais um defeito; é mais compatível com uma falha, ou seja, existe uma causa associada provavelmente com o tempo e as condições de exposição.

Embora, conceitualmente sejam coisas distintas, isto não traz nenhuma consequência do ponto de vista prático. Afinal, o importante é garantir que o revestimento apresente um bom desempenho; ou seja, não falhe. Nesse nosso bate-papo, não iremos discutir se um determinado evento é falha ou é defeito; vamos conversar sobre casos, que embora até possam ter denominações conhecidas, as causas determinantes só podem ser identificadas por meio de um estudo mais aprofundado, utilizando ensaios e análises em laboratório e às vezes até com apoio de técnicas mais avançadas. É o que estamos chamando aqui de uma abordagem investigativa. É sobre como aplicar os nossos conhecimentos para identificar a origem de determinadas falhas e defeitos em revestimentos e com isso podermos recomendar medidas corretivas mais apropriadas.