Durante a primeira inspeção por pig instrumentado no Trecho Sul do Gasoduto em 2006, foi detectada corrosão externa relevante no sub-trecho Paulínia-Capão Bonito, cuja causa foi determinada como corrosão eletrolítica causada pela passagem de corrente pelo solo durante operações monopolares da Linha de Transmissão de Corrente Contínua Foz do Iguaçu-Ibiúna de 600 kV, operada por Furnas Centrais Elétricas. Os registros de inspeções periódicas do sistema de proteção catódica (principalmente medições de potencial tubo-solo) não mostraram os efeitos dessas correntes de interferência, visto que as operações monopolares se restringiam aos finais de semana e feriados, sem o nosso conhecimento prévio e, consequentemente, sem o devido acompanhamento pelas equipes de campo da TBG.
Os estudos apontaram que a Linha de Transmissão de Corrente Contínua de 600 kV estava injetando no solo, durante operações monopolares sem o polo positivo, toda a corrente transmitida, funcionando como uma fonte de corrente de interferência de alto risco para o Gasoduto. Os anodos de aterramento da Linha de Transmissão se encontram a uma distância de 20 km do cruzamento com o Gasoduto, próximo ao Ponto de Entrega de Araçoiaba da Serra – São Paulo. A longo prazo, tais correntes de interferência causaram corrosão externa localizada do Gasoduto nesse ponto.
Os registros de campo, estudos do comportamento das correntes de interferência, seus efeitos no Gasoduto, os resultados das medidas de mitigação adotadas, simulações e novos estudos sobre ações de mitigação serão apresentados nesse painel.
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